INJEÇÃO NA TESTA

Sexta passada eu fiz uma cirurgia. Na testa. O médico disse que eu tinha que tirar uma “manchinha”. Porra, se era manchinha devia ter usado Vanish, Veja, Omo. Sei lá.

Que absurdo. Todo mundo falando de coronavírus e eu sendo fatiado numa mesa de cirurgia com litros e litros de sangue jorrando de minhas têmporas.

O médico mentiu. Médico é foda. Ele disse que seria algo simples. Aham.

Então. Foi anestesia local. Moleza. Lembra quando você dizia que de graça até injeção da testa. Pois é… e a minha nem foi de graça!! Cara, injeção da testa é bagulho de louco. A Organização Mundial de Saúde deveria proibir isso. É quase um estupro coletivo. A ONU deveria intervir.

O doutor disse que o corte seria pequeno. Verdade. Se você comparar com um transplante de coração ou o abate de um boi, é quase imperceptível. Desgraçado. Cara, ele abriu um túnel na minha testa. Nem vou mandar a foto porque parece pornografia. Mas ó, não é qualquer pornografia. Imagina uma suruba com time de futebol americano.

Depois deu pontos. Quantos? Todos. Na horizontal, vertical e diagonal. Minha testa parece um jogo de batalha naval.

E o desgraçado nem me falou sobre os dias seguintes. Cara, nasceu uma bola tão grande entre meus olhos que meu nariz sumiu. Fiquei igual Voldemort do Harry Potter. Meu gato tá assustadíssimo e não sai debaixo da máquina de lavar desde sábado quando isso aconteceu.

Mas vai ficar bom. Semana que vem vou tirar os pontos e tenho algumas verdades para falar para “mágico do bisturi”.

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