TRAUMATIZANTE

Essa pandemia trouxe muitas descobertas e inovações.

Trancados em casa, descobrimos o Home Office, a ineficiência do serviço James de entrega (ah, James, seu maldito), as manias de nossos anormais vizinhos e que podemos sentir saudades até do que a gente não gosta. Eu senti saudade de parar em semáforo e de reclamar da CET.

Com essa coisa de ficar em casa, um amigo meu descobriu o nome do filho que ele sempre chamou de “ôw”, que eles tinham um cachorro há dois anos, que a mulher dele tinha ido embora de casa no ano passado e que a avó que morava com eles, morreu em janeiro.

Mas de todo esse período louco, uma coisa que vai ficar para sempre na memória são as lives. Putaqueopariu. Ah, as lives.

Bêbados, loucos, desafinados… Cara, todo mundo tá fazendo esse negócio.

Teve live de sertanejo misturado com pagode, manja? É como se no dia em que o Tsunami engoliu o Japão, Deus decidisse colocar um terremoto junto. Colisão de catástrofes.

E a live do Capital Inicial? Jesus? O cara tava possuído pelo demônio. E no dia em que o demônio fez pacto com a alma de algum fabricante de whisk e bebeu a destilaria toda.

Live sobre live. Verdade. Live ensinando como fazer live.

O que vou falar aqui é verdade. Juro. O Marco Aurelio Vieira pode confirmar. Cara, teve uma live de show que num determinado momento tinham duas pessoas assistindo. O Marcão e eu, porque ele me mandou o link para mostrar a falta de audiência. É sério. Aparece o número de telespectadores. Era uma banda. Meu, você já imaginou o clima quando cara chegou em casa? Nem a mulher, mãe, vizinhos viram aquela porra. Sacanagem.

Até eu estou fazendo live. Esta semana tem. Quinta às 19h. Bora lá.

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