JULINHO DA YOGA

E o Julinho?
Gente boa.
Como eu sempre inventei apelidos, Julinho virou o “Crase”.
Acho que até a mãe dele chama ele de crase.
Por que crase?
Porra, porque ninguém entende.
Julinho Crase só teve ideia de jerico na vida.
Não me julgue.
Deixa de mimimi.
Qual o problema de inventar apelido?
Cuidado com o que escrever nos comentários. Posso inventar um apelido para você. Os que crio costumam pegar.
Voltemos ao Crase.
Cara, pensa numas ideias absurdas.
Pensa num cara que nunca foi pelo óbvio.
Uma vez ele queria roubar um orelhão para colocar na casa dele. Muito louco. Só não fez porque não encontrou ninguém que emprestasse uma britadeira.
Estilo musical: Folk.
Hobby: colecionar rolha de vinho.
Pet: Um preá.
Moto: Shineray.
Nome dos filhos: Hulhule e Vilingili. Sim. São duas ilhas.
Tudo nele era de difícil entendimento.
Celso Cabeça fez Senai.
É mecânico.
Mauro Cueca fez Administração.
Hoje é bancário.
Adilson Toró parou de estudar.
Virou publicitário.
Sérgio Dentinho montou comércio.
Tem loja de 1,99 que nada custa 1,99.
Biriba foi vender produtos ilícitos.
Faz 10 anos que a gente não sabe nada dele.
Nem todos foram felizes, mas seguiram o que melhor lhes convinha.
Crase não.
Crase deu uma bicuda na razão e foi fazer o que o coração queria: foi ser professor de Yoga.
Yoga é aquele negócio que você aprende a colar a sola do pé esquerdo na sola do pé direito atrás de sua nuca. Isso. Seus pés na sua nuca. Não tente! Pode dar merda.
Então… Crase fez aniversário ontem e marquei de dar um abraço nele. De máscara, claro. Me arrependi. Quando você abraça alguém que faz yoga – de verdade – recebe a certificação de quanto está gordo.
Meu Deus do Céu. O cara é muito magro. No abraço, o pâncreas dele cutucou minha barriga.
Ele disse que vai fazer uma tatoo com o nome da mulher. Ela se chama Isabel. Do jeito que ele está magro, só vai conseguir tatuar o “I” da Isabel.
Tá magro, mas tá feliz.
Valeu, Crase.
Gostei de te ver.
Come alguma coisa aí, po.
Parabéns.
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