SKOL BEATS EXTREME

Sabe-se lá por que motivo eu decidi experimentar um negócio que se chama Skol – Beats Extreme. Na embalagem vem escrito 6,9% de álcool. Sim… os caras avisam. Isso que é o pior. Você não entra desavisado nesse purgatório. Você aceita o desafio! Você diz “eu posso. Eu joguei na várzea. Eu tive uma barra forte. Usei Kichute. Sou do Marapé”. Pois é… Agora me diz: o que leva um indivíduo a beber um negócio que tem a palavra “Extreme” no nome?
Então… De forma bem resumida, depois que você toma meia latinha, descobre que sabe falar latim. Eu nunca soube que falava. Aliás, eu jamais soube que falava mais de 5 idiomas até terminar a primeira latinha. E é louco… você consegue misturar polonês com lituano conjugando os verbos no pretérito perfeito. Cara, antes da Skol Beats Extreme eu nem sabia que existia pretérito perfeito.
Aí, pra azar, você decide beber a segunda latinha. Você pede em libras coreano, manja? E como você começa a se sentir mais soltinho, acha melhor se sentar para beber. Assim você vê melhor a aurora boreal que começou naquele instante. É nessa hora que o capeta vem e entrega o contrato de compra da sua alma. Não, ele não entrega para você assinar. Relaxa. Você já assinou quando decidiu beber essa poção viking, confortavelmente. O capeta tá só entregando sua via.
Como beber de barriga vazia não é legal, você decide escolher o que vai botar pra fora no dia seguinte, pelas ventas. E aceita o desafio de comer o ovo cozido, tingido de roxo, que fica num pote com vinagre em cima do balcão do bar. Isso combina com o que? Combina com a terceira latinha. Hitler vem entregar pessoalmente ela, bem geladinha na sua mão. E com o sorrisinho de canto de boca ele cumprimenta você com um soquinho, manda você jogar a máscara fora, explica que álcool em gel faz mal e que a cloroquina foi inventada pelos egípcios e que cura até queda de cabelo.
Dali em diante, eu lembro vagamente das coisas. Não. Não sejamos hipócritas. Eu não lembro de nada. Graças a Deus. Porque agora, a última coisa que eu quero saber é porque tem essas caixas do Médicos sem Fronteira no meio da minha sala e onde foi parar meu gato que faz dois dias que eu não acho. Melhor não saber. Anota ai: Skol Beats Extreme.
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